No sábado, dia 13, como é costume, activistas da CDU distribuíram na baixa de Olhão um comunicado onde se analisavam os resultados das eleições europeias em Olhão, onde se destacava a pesada derrota do “senhor” Leal.
Depois deu-se uma volta pelo concelho e fomos à Patinha, Alfandanga, a Bias, ao Laranjeiro, a Moncarapacho e a Quelfes.
Bom, há algum tempo que não fazíamos isto, mas constituiu uma experiência muito interessante.
Fica claro que a derrota do PS se deve à política de Socrates mas também ao enorme descontentamento que existe em relação ao “senhor” Leal e à Câmara de Olhão, sobretudo no que se refere a secção de Obras.
Passando e parando pelos cafés, é muito fácil estabelecer contacto e as pessoas estão ansiosas por desabafar.
A primeira pergunta que nos era feita, era pela “carta”. Nós não a temos, nem distribuímos. È ponto de honra nosso, em relação a cartas anónimas. Mas é significativo...
Depois é um munícipe que tinha um terreno com cerca de 100 m2, dos quais a Câmara queria 30% e assim lhe deitou por terra os planos. “Estragaram-me a vida”, desabafava!
Outro quer legalizar um telheiro e andam a extorquir-lhe (é o termo…) dinheiro, prometendo-lhe a legalização.
Outro ainda, não pode construir um anexo, mas o seu vizinho já pode.
As pessoas dizem isto, baixando a voz e olhando para o lado…
Onde isto chegou…
Os nossos comunicados esgotaram-se, as pessoas leram-nos e guardaram-nos.
Ficaram alguns contactos telefónicos, mas é muito difícil provar isto.
Tudo isto funciona de boca em boca e pessoas que querem regularizar situações que reconhecem anómalas, andam anos, pedem-lhes dinheiro e mais dinheiro e não conseguem obter descanso.
A Câmara de Olhão, ganha pela CDU, não pactuará com isto. Aliás o Serviço de Obras, é porventura aquele que necessita de maiores alterações. A CDU garante que será feito o levantamento destas situações e serão regularizadas de acordo com a lei, por preços justos e com o apoio dos técnicos da Autarquia.
José Castanheira
