Hoje, sábado, 18 de Abril, pelas 10.00 h., funcionários da Câmara de Olhão, pulverizavam com herbicida, uma zona a Poente de Olhão, a seguir à Doca de Recreio, próximo do local onde anteriormente se localizava o Canil Municipal, e mesmo junto à Ria Formosa.
Tenho fotografias.
Nelas se vê claramente, como um tanque de produto tóxico para as ervas, é completamente utilizado, nesta tarefa.
Nada disto seria anormal, senão se estivesse tão próximo da Ria e de viveiros de amêijoa e não existisse a possibilidade de chover. Se tal acontecer, a água da chuva, transportará certamente esses produtos tóxicos para a Ria.
Com os problemas que a Ria já tem, com as dificuldades que os mariscadores e viveiristas estão a passar com a interdição da captura de amêijoas e outros bivalves, a irresponsabilidade de desenvolver trabalhos deste tipo (que têm sempre que ser envolvidos em cuidados), naquele local e com o perigo de chover, pode ser mais um golpe na Ria Formosa e nos concessionários que tenham viveiros naquela área.
Entretanto, contactados vários responsáveis da Câmara, entre os quais o vereador responsável pelo Ambiente, Senhor João Peres, este afirmou desconhecer o que se passava.
È pelo menos um pouco estranho, que funcionários da Autarquia trabalhem aos sábados, que desenvolvam trabalhos que podem ter algum melindre para a saúde publica e que o responsável máximo não conheça…
Então o que está lá a fazer?
È o responsável ou não é?
E este senhor, com o devido respeito, pretende recandidatar-se na lista do Sr. Eng. Leal…
São estas pessoas com este tipo de responsabilidade que o Partido Socialista e o Eng. Leal propõem para continuar a administrar (??!!) os destinos do nosso Concelho…
Olhão merece melhor!
Comigo e com a CDU, estes problemas dificilmente acontecerão, pois a nossa sensibilidade e respeito para com a Ria e para com quem nela trabalha para ganhar a vida, não o permitem.
Mas se por hipótese algo assim acontecesse, o responsável, ou os responsáveis, teriam que assumir as suas responsabilidades e tirar as devidas conclusões, isto é, se perante uma situação destas, teriam condições para continuar no cargo…
José Castanheira